Como garantir segurança nas transações com APIs de pagamento

À medida que os pagamentos online se tornam parte do dia a dia de empresas e consumidores, a segurança nas transações financeiras ganha ainda mais importância. As APIs de pagamento, que conectam sites e aplicativos a plataformas de cobrança, precisam ser integradas com extremo cuidado, garantindo que os dados sensíveis dos clientes — como número do cartão, PINs ou credenciais bancárias — estejam protegidos contra fraudes e ataques cibernéticos.

Neste artigo, explicamos as melhores práticas para garantir transações seguras usando APIs de pagamento, tanto do ponto de vista técnico quanto operacional.


🔒 Por que a segurança é essencial nas APIs de pagamento?

As APIs lidam diretamente com dados financeiros. Qualquer falha de segurança pode resultar em:

  • Roubo de dados pessoais e bancários

  • Perda financeira para o cliente e para o comerciante

  • Danos à reputação da empresa

  • Penalizações legais (como violação da LGPD ou PCI-DSS)

Por isso, a segurança não é opcional — é uma exigência.


7 práticas fundamentais para garantir a segurança nas transações com APIs de pagamento


1. Use HTTPS em todo o site

Nunca integre uma API de pagamento em um site que não use HTTPS (SSL/TLS). Essa camada de criptografia protege os dados transmitidos entre o cliente e o servidor, impedindo que sejam interceptados por terceiros.


2. Armazene o mínimo de dados sensíveis

Evite guardar informações como números de cartão de crédito ou senhas em seus servidores. Utilize o sistema de tokenização oferecido pela maioria das APIs, em que os dados reais são substituídos por códigos temporários e sem valor fora do sistema.


3. Implemente autenticação forte (API keys e OAuth)

As APIs de pagamento fornecem chaves secretas (API keys) para autenticar as transações. Guarde essas chaves em locais seguros, nunca no código visível do frontend. Em soluções mais avançadas, use OAuth 2.0 para autenticação com tokens temporários.


4. Valide todos os dados de entrada

Nunca confie apenas nos dados que vêm do lado do cliente. Valide e sanitize todos os dados recebidos (nome, valor, número do cartão, etc.) antes de processar o pagamento. Isso ajuda a evitar ataques como SQL Injection ou cross-site scripting (XSS).


5. Implemente verificação em duas etapas (2FA)

Para sistemas que envolvem transferências ou movimentação de saldo, a autenticação de dois fatores (2FA) adiciona uma camada extra de proteção, solicitando ao usuário um código adicional enviado por SMS ou app.


6. Monitore e registre todas as transações

Use ferramentas de log e monitoramento para registrar todas as chamadas feitas à API. Isso facilita a identificação de comportamentos suspeitos, como tentativas repetidas de pagamento, transações fora do padrão ou uso indevido de chaves.


7. Esteja em conformidade com normas e padrões

Verifique se sua aplicação está de acordo com padrões como:

  • PCI-DSS (para lidar com cartões de crédito)

  • LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados, no Brasil)

  • Regulações locais, como o Banco de Moçambique, no caso de pagamentos móveis como M-Pesa e e-Mola


🔧 Ferramentas e recursos que ajudam na segurança

  • Web Application Firewalls (WAFs): protegem sua API contra tráfego malicioso

  • Rate limiting: limita o número de chamadas por minuto para evitar ataques por força bruta

  • Testes de segurança (Pentest): avaliam vulnerabilidades no sistema


Conclusão

As APIs de pagamento são aliadas poderosas para negócios digitais, mas vêm acompanhadas de grande responsabilidade. Ao adotar boas práticas de segurança, sua empresa protege os clientes, evita prejuízos e fortalece a confiança na sua marca.

Seja você um pequeno empreendedor, uma startup ou uma empresa consolidada, investir na segurança das suas integrações financeiras é investir no futuro do seu negócio.